O Diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, comunicou que os restos do Papa João Paulo II foram exumados esta manhã em função da sua cerimônia de beatificação no domingo 1º de maio na Praça de São Pedro em Roma.

Como se recorda, o Papa Wojtyla foi enterrado em três caixões: o primeiro de madeira, foi o que esteve exposto durante o funeral; o segundo, de chumbo está lacrado; o terceiro, exterior, também de madeira, foi retirado esta manhã no momento da extração da tumba e se encontra em bom estado de conservação embora mostre alguns sinais do tempo.

Depois das operações de abertura da sepultura, que começaram na primeira hora da manhã, o féretro se expôs em um soalho, no lugar da tumba, até as 9:00h, quando depois de uma breve oração, o Cardeal Angelo Comastri entoou o canto das ladainhas.

Além do Cardeal Angelo Comastri, o arcebispo Giuseppe D'Andrea e o bispo Vittorio Lanzani, que representavam a Basílica e o Capítulo de São Pedro, estavam presentes os cardeais Tarcisio Bertone, Secretário de estado, Giovanni Lajolo, presidente da Governadoria do Estado da Cidade do Vaticano e Stanislaw Dziwisz, Arcebispo de Cracóvia (Polônia) e secretário particular de João Paulo II, entre outros.

Em total participaram várias dezenas de pessoas, incluídos os trabalhadores da Fábrica de São Pedro, que realizaram sua tarefa com grande devoção e participação espiritual profunda.

Enquanto se cantavam as ladainhas durante o breve percurso, o féretro se transladou ante a tumba de São Pedro, nas grutas vaticanas, coberto por um amplo tecido bordado em ouro. O Cardeal Bertone rezou uma breve oração final.

O féretro, como já foi anunciado, permanecerá nas grutas até a manhã do domingo 1º de maio, quando será transladado à Basílica, ante o altar central, para a homenagem do Santo Padre e dos fiéis depois da beatificação. Enquanto isso, as grutas estão fechadas ao público.

A colocação estável do corpo do Beato sob o altar da capela de São Sebastião terá lugar com toda probabilidade na tarde da segunda-feira, 2 de maio, depois do fechamento da Basílica.