O Delegado Pontifício da Associação Lumen Dei, Dom Sanz Montes, afirmou que seu balanço sobre esta instituição "é enormemente positivo" e que não encontrou provas de abusos sexuais ou malversação de recursos dentro dela.

Em declarações ao jornal espanhol El Comercio, em 24 de abril, o Prelado disse que sobre as suspeitas de malversação e abusos, "encontrei coisas que não eram certas, calúnias, coisas que eram incertas e coisas que estavam mal documentadas".

"Disso não há nada. Nas pessoas assinaladas como abusadoras não há nada. Se isto se disse, significa que houve uma calúnia terrível. E tampouco houve tal malversação".

Dom Sanz disse que "o que ocorre é que, naquele maremágnum, sim que houve um desvio, um lugar retirado, que não malversação. Quando as águas voltaram para seu leito, comprovou-se que esses recursos não estavam malversados, mas voltaram para seu lugar. Possivelmente, essas pessoas sim terão que dar conta de uma má gestão".

Entretanto, assinalou que "isso não tira que haja questões, como já sabem a Lumen Dei e a Santa Sé, que serão necessárias umas decisões, a indicação de caminhos a seguir".

Nesse sentido, o Prelado expressou sua satisfação pelo trabalho que está concluindo. "dentro de uns dias, tenho que ir a Roma e despacharei com o novo Prefeito da Congregação dos Institutos de Vida Consagrada (Dom João Braz de Aviz)", para dar-lhe o relatório sobre os dois anos de investigação.

"Não demorando muito, poderei dizer à Santa Sé: Esta associação pode caminhar sem esta ajuda extraordinária de um Delegado Pontifício", afirmou.