A Associação Estatal de Advogados Cristãos (AEAC) abriu um processo esta sexta-feira 8 de abril nos tribunais da praça de Castilla em Madrid contra os organizadores da denominada "procissão atéia" que se realizaria na capital espanhola na próxima Quinta-feira Santa com o expresso fim de "castigar a consciência católica".

Os advogados denunciam os líderes ateus por delitos contra o sentimento religioso junto com um delito de provocação à discriminação, ao ódio e à violência por motivos referentes à religião ou crenças e com um delito de enaltecimento do terrorismo e vários delitos de injúrias, calúnias e ameaças.

A denúncia também solicita a emissão de medidas cautelares que impeçam a celebração deste desfile que apresenta "suficientes indícios” de todos estes delitos “tipificados no Código Penal".

Os organizadores da "procissão atéia" vincularam diretamente sua iniciativa com a queima de Igrejas e a perseguição aos católicos durante a II República e a Guerra Civil.

Um dos porta-vozes advertiu que poderiam realizar uma parada em frente a uma paróquia aludindo a que "essa Igreja a queimou o povo de Madrid, na revolta que houve com a República".

Polonia Castellanos, porta-voz do AEAC, explicou que a Delegada do Governo em Madrid foi notificada das intenções destes grupos, e poderia incorrer em prevaricação se autorizar tal evento. Uma convocatória lançada pela plataforma cidadã HazteOir.org tinha obtido até a véspera mais de 60 mil assinaturas contra a procissão.