Este domingo 10 de abril, os peruanos terão eleições gerais e embora nenhum dos presidenciáveis com mais possibilidades de ganhar se apresente como uma opção confiável em temas de vida e família, os católicos peruanos poderiam blindar a defesa dos não-nascidos e do matrimônio se escolherem representantes comprometidos nesta causa.

Em diálogo com a ACI Prensa, o ex-deputado Arturo Salazar Larraín recordou que tanto Ollanta Humala como Alejandro Toledo -que lideravam as preferências conforme as pesquisa publicadas até o dia 3 de abril- começaram sua campanha presidencial com um apoio explícito às uniões homossexuais e à legalização do aborto, apesar de que nas últimas semanas se proclamaram a favor da vida e do matrimônio.

"Eles estão pendentes de uma eleição e são capazes de dizer qualquer coisa", advertiu Salazar Larraín e pediu atenção aos peruanos a quais "candidatos presidenciais ou ao Congresso têm a pretensão de escutar a voz dos agrupamentos que têm o olhar posto em eliminar a vida" e abrir as portas ao aborto irrestrito.

Esta semana, o site PerúDefiendelaVida.com denunciou que o candidato Pedro Pablo Kuczynski (PPK) fez umas polêmicas declarações a favor do aborto por estupro ao site LaMula.pe.

"Lamentamos que PPK tenha assinalado anteriormente que estava contra do aborto. Esta entrevista mostra o desconhecimento do tema, a pouca valoração à vida do concebido, e, no pior dos casos, um manejo político", indica o site pró-vida.

PerúDefiendelaVida.com recordou que PPK se reuniu com o Cardeal Juan Luis Cipriani -igual que o resto de candidatos presidenciais- e depois da entrevista, o Arcebispado destacou em uma nota de imprensa a "plena coincidência" do candidato com o Cardeal nos temas de matrimônio, família e defesa da vida desde a concepção.

"Onde está assinalado no Plano de Governo de Aliança para a Grande Mudança (partido de PPK) 'que entre os valores necessários para o acordo nacional se reconhece, se protege e se defende a vida humana, desde a concepção até a morte natural'?", questiona o site pró-vida.

A candidata presidencial Keiko Fujimori, e Luis Castañeda, manifestaram que não legalizarão o aborto mas dizem que estão a favor do chamado aborto terapêutico.

A agência ACI Prensa tentou obter a postura oficial dos cinco grupos que aspiram a governar o Peru através de uma simples pesquisa enviada a inícios de março a cada um dos chefes de campanha. Apesar da insistência de nossos jornalistas, os grupos políticos se negaram a responder o breve questionário.

Para Salazar Larraín não há um candidato presidencial que "represente uma opção cem por cento a favor da vida" mas pode haver uma vantagem para assegurar a defesa da vida e a família no Parlamento (Câmara dos Deputados) dos próximos cinco anos.

"O Congresso estará dividido, virtualmente fracionado, de maneira que para aprovar uma destas coisas que atentam contra nossas crenças será necessário o acordo de todos, não de um grupo exclusivo", indicou.