O Arcebispo de Guadalajara (México), Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, pediu aos pais de família que revertam democraticamente a reforma constitucional a favor das "preferências sexuais", porque abre a porta "a toda classe de irregularidades e aberrações" como a pedofilia, entre outras, que põem em perigo as crianças.

Em sua coluna publicada no último 31 de março, o Cardeal se referiu à reforma constitucional aprovada pelo Senado no dia 8 de março, e que consagra a não-discriminação por "preferências sexuais".

"Cabe assinalar que existem preferências sexuais muito aberrantes, por exemplo o caso da pedofilia, a zoofilia, entre outras. Assim, práticas como o chamado 'matrimônio' entre pessoas do mesmo sexo, ficarão, por assim dizê-lo, consagradas mediante esta reforma", advertiu o Cardeal Sandoval.

O Cardeal disse também que embora pareça uma expressão inócua e sem maiores conseqüências, "é perigosa e terrível porque exclui dessa proteção todas as demais preferências".

O Arcebispo também se referiu ao artigo 3 da nova reforma, que "confirma que a educação deve ser repartida de acordo à 'Ideologia de Gênero', e que, portanto, as crianças devem acostumar-se a respeitar todos os gêneros e preferências sexuais, ante os desordens e irregularidades que isto implica".

O Cardeal advertiu que quer promover entre os menores, inclusive de dez anos, o uso de preservativos e anticoncepcionais. "Isto ocorre nas salas de aula das meninos sob o amparo da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Educação", denunciou o prelado.

O Cardeal criticou finalmente ao Senado por aprovar uma emenda feita "por assim dizer, 'no escuro', sem ter pedido consentimento, parecer ou opinião", algo que não é democrático.