Cáritas Internationalis denunciou hoje que um grupo armado seqüestrou no último 29 de março o Pe. Richard Kissi, Diretor diocesano da Cáritas Abidjan, na Costa de Marfim, país que atravessa por um grave conflito armado.

A nota da Cáritas assinala que o sacerdote foi seqüestrado quando se dirigia a Anyama, um bairro de Abidjan, para evacuar um grupo de seminaristas do Seminário Maior logo depois dos violentos enfrentamentos ocorridos nessa zona.

Cáritas Costa de Marfim não tem, até o momento, notícias do sacerdote e das investigações das autoridades não conseguiram saber mais sobre sua situação.

"Não sabemos se o Pe. Kissi está bem nem recebemos solicitude alguma dos seqüestradores", assinalou Jean Djoman, Diretor de Desenvolvimento Humano da Cáritas Costa do Marfim.

Ante o conflito armado que já deixou 500 mortos, mais de um milhão de desabrigados e que obrigou vários milhares de pessoas a fugir aos países vizinhos como Ghana e Libéria, a Cáritas está fazendo todo o possível para atender os afetados por este conflito.
Ante o conflito, o Papa Bento XVI expressou ontem um enérgico chamado à paz através do diálogo, e para contribuir nesta tarefa enviou à Costa de Marfim o Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz no Vaticano.

O conflito armado interno foi originado logo depois das eleições presidenciais de 28 de novembro nas que foi eleito Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional.

Os enfrentamentos entre as forças de Ouattara e o mandatário de saída, Laurent Gbagbo se complicam cada vez mais e existe o risco de uma guerra civil.