A Conferência Episcopal da Malásia (CEM), afirmou que o Evangelho "é uma mensagem de salvação destinado a todos aqueles que queira escutá-lo", e portanto rechaçou a intenção do Governo de marcar as 35 000 bíblias provenientes da Indonésia com a frase "para a cristandade".

A agência Fides informou este 25 de março que as bíblias foram retidas pelo Governo na alfândega.

O ministro do Interior, Hishammuddin Hussein, ordenou inicialmente que todas as cópias fossem impressas com um número de série e as palavras "só para a cristandade", mas depois da forte oposição dos cristãos, suprimiu-se a palavra "só".

O Presidente da CEM, Dom Paul Tan Chee Ing, enviou uma nota à agência Fides na que afirma que seriam melhor as palavras "publicação cristã", fórmula que em 1980 pôs de acordo as confissões cristãs e o Governo.

O Prelado reiterou que a Palavra de Deus é para quem quer escutá-la, mas precisou que "na Malásia, já que o Islã é a religião do estado, os cristãos estão de acordo com a restrição na difusão da Palavra de Deus entre os muçulmanos".

Por sua parte, a Federação Cristã da Malásia anunciou que na próxima semana se reunirá para achar uma solução e pôr as bíblias em circulação.