Ao concluir a oração do Ângelus deste domingo, o Papa Bento XVI expressou sua profunda preocupação e proximidade com os habitantes da Líbia, onde se registra um conflito armado entre as forças leais ao líder Muamar Gadafi, no poder há mais de 40 anos, e forças da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos.

O Papa disse que "nos últimos dias as preocupantes notícias que chegavam desde a Líbia suscitaram também em mim viva trepidação e temor. Ofereci por isso ao Senhor minha particular oração durante a semana dos exercícios espirituais" que concluíram ontem.

Nos últimos dias os bombardeios dos três países aliados contra algumas cidades da Líbia deixaram o saldo de 64 mortos e 150 feridos, enquanto que Gadafi dispôs a entrega de mais de um milhão de armas entre homens e mulheres para "liberar" o país com o conflito se torna cada vez mais agudo.

O Papa disse que "sigo os últimos eventos com grande apreensão, rezo pelos envolvidos nesta dramática situação do país e exorto vivamente aqueles que têm responsabilidades políticas e militares, para que tenham no coração, sobre tudo, a incolumidade e a segurança dos cidadãos e garantam o acesso à ajuda humanitária".

Finalmente o Papa assegurou à população do país africano sua “comovida proximidade, enquanto peço a Deus que um horizonte de paz e concórdia surja o mais breve possível em Líbia e sobre toda região do norte da África".