Ante a "agressiva campanha de planejamento familiar" anunciada pelo Presidente Rafael Correa, a Conferência Episcopal Equatoriana (CEE) assinalou que os jovens "não necessitam uma promessa falsa de sexo seguro nem anticoncepcionais" mas uma adequada educação na reta sexualidade.

Em um comunicado divulgado ontem titulado "A Igreja e o Planejamento Familiar" os bispos respondem ao programa anunciado pelo governo que teria início em maio e no que se investiu mais de 4 milhões de dólares em anticoncepcionais para que sejam distribuídos gratuitamente em escolas e pontos de encontro de jovens.
O programa do governo de Correa também inclui palestras sobre o uso dos anticoncepcionais com os quais pretendem diminuir em 25 por cento as gravidezes entre adolescentes até o ano 2013.

Sobre esta medida, os prelados precisam que os jovens não necessitam anticoncepcionais e sim "uma formação integral sobre sua sexualidade que abranja o aspecto corporal, emocional, espiritual e afetivo".

Por isso a Igreja no Equador distribui para este fim uma série de folhetos sobre educação sexual com o título "saber amar", "nos quais se enfoca a sexualidade de maneira construtiva, que orienta a afetividade para a formação da família e não a rebaixa à mera técnica de 'fazer amor', sem a ulterior responsabilidade".

Seguidamente os prelados assinalam que a maioria de anticoncepcionais respondem a "interesses econômicos e propostas geopolíticas dos capitalistas" e o que é pior, "geralmente são abortivos".

Estes fármacos abortivos, explicam, "não curam enfermidade alguma e tampouco garantem o fim que declaram, limitar a natalidade. Ocasionam a morte de um ser humano no próprio ventre da mãe".

"A esterilização, à sua vez, é a mutilação de um órgão nobre, inaceitável como meio de controle natal segundo a lei de Deus", advertem.

Os anticoncepcionais e suas campanhas em outros países, alertam, só fomentaram a promiscuidade, o aumento de enfermidades venéreas e de abortos "em detrimento da célula fundamental da sociedade, que é a família".

A vida, dizem logo, não pode ser jamais considerada um mal ou uma enfermidade, e sim "o dom mais sublime de Deus, que deve ser recebido com gratidão e administrado com responsabilidade, e a qual ninguém tem o direito de destruir, e sim o dever de proteger, desde o momento de sua concepção até seu final natural".