A Igreja na Colômbia manifestou seu apoio ao projeto de reforma constitucional, concretamente do artigo 11, que busca proteger a vida desde a fecundação até a morte natural.

Para obter a proteção total do direito à vida, a emenda deve ser passada duas vezes na câmara de deputados e duas na câmara de senadores.

Em diálogo com a agência do grupo ACI em espanhol, a ACI Prensa, no dia 3 de março, o Secretário da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Juan Vicente Córdoba, disse que apoiarão os legisladores "com assinaturas, com apoio verbal, através dos meios, com nossa oração e sobre tudo animando-os para que não estejam sozinhos".

O Prelado também indicou que este "é um projeto de muitos partidos e de todas as religiões, não só da Igreja Católica".

O também Bispo Auxiliar de Bucaramanga afirmou que se for aprovada a reforma constitucional "cairia a despenalização do aborto nos três casos, cai a eutanásia, cai a pílula do dia seguinte, caem os emplastros anticoncepcionais que são abortivos, todas essas coisas cairiam pela Constituição".

O Secretário da CEC recordou à Corte Constitucional (Corte Suprema da Colômbia), que despenalizou o aborto em 2006 para casos de estupro, má formações no feto e risco de vida da mãe, que "73 por cento dos colombianos não aceita o aborto".

Estas estatísticas "foram publicadas pelo periódico El Tiempo há mais ou menos um mês" explicou o Prelado, por isso pediu aos membros da Corte que não se atribuam o privilégio de legislar contra a vida.

"Não votem e não façam as coisas apoiados apenas no seu parecer, que são de oito, nove pessoas", exortou o Arcebispo aos membros da Corte, "pensem que estão representando a um povo que tem uma cultura, uma crença, uma religião e uns valores, e a maioria não quer estas leis contra a vida".

Dom Córdoba indicou à ACI Prensa que "todas as paróquias da Colômbia estão compilando assinaturas nestes momentos".

"Serão eu acredito milhões as assinaturas que serão recolhidas nas paróquias no próximo fim de semana e Na quarta-feira de Cinzas, e nós as entregaremos aos deputados e senadores de distintos partidos para que eles levem com sua proposta de ato legislativo com fundamento, com assinaturas de colombianos".

O Prelado recordou que foram os legisladores os que "pediram para falar com a Conferência Episcopal", onde "apresentaram sua condição de crentes, de católicos, de cristãos evangélicos e de comprometidos com os colombianos pela constituição da Colômbia que defende a vida e defende a família".

"Eles neste momento estão trabalhando na elaboração deste ato legislativo para apresentar o de uma maneira jurídica, objetiva e clara", afirmou Dom Córdoba.

O Bispo sublinhou que este projeto é apresentado "desde o ponto de vista jurídico, antropológico, de lei natural, de ética e há alguns pontos que também (são apresentados) desde a fé. Mas sobre tudo estão cimentados sobre a lei natural".