Mais de três mil coptos protestaram nesta quarta-feira, 23, pela morte do sacerdote copto ortodoxo, Pe. Daoud Boutros, assassinado por um grupo de muçulmanos na noite de 22 de fevereiro em Assiut, no alto Egito.

Conforme informou a agência Fides o Bispo copto católico de Assiut, Dom Kyrillos William, explicou que o motivo do assassinato se remontaria a dois anos atrás, "quando um fiel copto ortodoxo cometeu um ato de sacrilégio contra o Islã, provocando a ira dos muçulmanos".

"Esta pessoa disse que tinha sido seu pároco, precisamente o Pe. Daoud Boutros, quem a teria incitado a cometer esse ato. Depois disto, sempre houve tensão entre as comunidades copta e muçulmana", relatou.

O corpo foi achado decapitado três dias depois do crime. "Os vizinhos disseram que escutaram as vozes de quatro pessoas que pronunciavam lemas islâmicos", relatou Dom William.

O Prelado disse que "os periódicos reconstruíram o episódio conectando-o com o ocorrido faz dois anos. Os assassinos também esvaziaram a caixa forte. O pároco tinha sofrido ameaças de uma página Web islamista que o acusavam de fazer proselitismo entre os muçulmanos".