Este 24 de janeiro, na capital norte-americana, 400 mil pessoas participaram da Marcha Nacional pela Vida em defesa dos direitos das crianças não-nascidas, ao recordar um aniversário mais do caso Roe vs. Wade que legalizou o aborto a pedido (abortion on demand) nos Estados Unidos em 1973.

A massiva assistência, principalmente de jovens, fez que os eventos prévios à Marcha que chegou até a sede do Congresso tivessem que ser realizados em dois lugares: o Verizon Center e o D.C. Armory.

O Pe. Mark Ivany, sacerdote de Bethesda, Maryland, dirigiu-se à multidão reunida no Verizon Center e recordou-lhes que fala por aqueles que nunca poderão falar por si próprios porque são assassinados no aborto.

"A grande diferença entre outros movimentos de direitos humanos e este é que muitos dos afetados pela sentença Roe vs. Wade não podem marchar em Washington e não podem dar grandes discursos", disse o sacerdote.

Em sua saudação de boas-vindas os participantes da marcha, o congressista republicano pelo estado de Ohio e porta-voz da câmara de deputados dos Estados Unidos, John Boehner, recordou que o aborto é uma violação dos princípios morais e constitucionais.

A Marcha pela Vida e esforços similares "procuram ressarcir o dano da decisão de Roe vs Wade" e por isso "deve que seguir sendo realizada", afirmou.

Logo depois de assinalar que "os americanos amam a vida tanto como a liberdade", Boehner disse que "ninguém está livre quando os mais vulneráveis membros da sociedade perdem seus direitos. Sem respeito à vida, a liberdade também está em perigo".

Na noite do domingo 23 de janeiro, antes da multitudinária marcha, 10 mil pessoas compareceram à Basílica Nacional da Imaculada Conceição em Washington D.C. à Missa que presidiu o Presidente do Comitê de Atividades Pró-vida do Episcopado dos Estados Unidos, o Cardeal Daniel N. DiNardo, quem animou os presentes a defender os direitos dos não-nascidos.

O Cardeal recordou o imenso legado do Papa João Paulo II, que será beatificado em 1º de maio, e ressaltou sua infatigável defesa do direito à vida de todo ser humano. O Pontífice polonês, recordou o cardeal, "nos chamou a ser uma 'consciência luminosa' para muitos cuja consciência, sobre a dignidade da pessoa humana, foi distorcida, e cujas vidas estão no meio das sombras".