Um ano depois do terremoto que devastou o Haiti em 12 de janeiro de 2010, a Cáritas Internationalis informou que segue impulsionando o trabalho de reconstrução do país e destinou a este projeto um fundo de 217 milhões de dólares.

As organizações que formam parte da rede da Caritas e trabalham no Haiti assinalaram em uma declaração emitida esta manhã que "em memória do cataclismo que sacudiu a nossa nação, reunimo-nos hoje para hoje para aliviar nossa dor e curar nossas feridas".

"São muitos os ausentes, os desaparecidos, os órfãos e as vítimas. Mas não foi tanto o terremoto o que arrebatou as nossas crianças, nossos pais, nossos parentes, nossos amigos; mas a pobreza escandalosa, os abusos dos direitos sociais dos mais fracos, a ignorância, a irresponsabilidade".

Depois de ressaltar o espírito solidário de muita gente ao redor do mundo que se uniu nesta cruzada pelo Haiti, a declaração da Cáritas expressa o desejo de que "este impulso de fraternidade, de um humanismo excepcional, se perpetue para ajudar os mais vulneráveis".

"A família Cáritas no Haiti está convencida de que é possível obter um mundo diferente no Haiti, um mundo sem fome, sem analfabetismo; um mundo que ofereça um teto para todos. Acreditam em nossa capacidade para construir um mundo melhor e mais humano, um país de amor e de igualdade onde se possa viver", diz a declaração.

O terremoto deixou mais de 200 mil mortos e aproximadamente três milhões de danificados. Após um ano da tragédia, mais de um milhão de pessoas ainda vive em barracas em condições desfavoráveis. Os membros da Cáritas se comprometem em sua declaração a "despertar as consciências ante o inaceitável".