A agência AVAN recolheu as declarações de vários especialistas valencianos sobre a proposta de Lei de Reprodução Assistida apresentada pelo governo em que se autoriza a seleção de embriões com fins terapêuticos.

O chefe do Departamento de Biopatologia Clínica do Hospital Universitário da Fé, Justo Aznar, rechaçou energicamente a eventual norma porque supõe “instrumentalizar a vida humana para um fim que não é seu próprio bem”.

Segundo Aznar, esta técnica acarretará “a perda de um elevado número de embriões, tanto sadios quanto os doentes, já que só seriam selecionados para sua implantação aqueles imunologicamente compatíveis com a criança doente, com a finalidade de conseguir, a partir dos nascidos, material celular para tratar o irmão afetado pela doença hereditária”.

A vice-reitora de Pesquisa da Universidade Católica de Valência “São Vicente Mártir”, Asunción Gandía, lamentou a iniciativa do governo porque a seleção genética de embriões “é uma maneira de utilizar à pessoa como meio e não como fim”.

Gandía advertiu que “um ser humano não pode ser utilizado sob nenhum conceito, porque isso fere a sua própria dignidade”.