Depois da Missa de 1 de janeiro na Jornada Mundial da Paz, o Papa Bento XVI dirigiu o primeiro Ângelus de 2011 no qual ressaltou a fundamental importância da liberdade religiosa para todos os homens e mulheres do mundo.

O Santo Padre recordou que "a Igreja neste dia invoca de Deus, por meio de Jesus Cristo, o dom da paz: a Jornada Mundial da Paz é uma ocasião propícia para refletir juntos sobre os grandes desafios que nossa época expõe à humanidade".

"Um destes, dramaticamente urgente em nossos dias, é o da liberdade religiosa. Hoje assistimos duas tendências opostas, dois extremos negativos: por uma parte o laicismo, que de forma freqüentemente oculta, margina a religião para confiná-la à esfera privada; por outra, o fundamentalismo, que em troca quisera impô-la a todos com a força".

"Onde se reconhece de forma efetiva a liberdade religiosa, a dignidade da pessoa é respeitada em sua raiz e, através de uma busca sincera da verdade e do bem, consolida-se a consciência moral e se reforçam as próprias instituições e a convivência civil. Por isso, a liberdade religiosa é o caminho privilegiado para construir a paz".

Dirigindo o olhar ao "Príncipe da paz", continuou, "compreendemos que a paz não se alcança com as armas, nem com o poder econômico, político, cultural e mediático. A paz é obra de consciências que se abrem à verdade e ao amor. Que Deus nos ajude a progredir neste caminho no novo ano que nos concede viver".

Depois do Ângelus, o Papa assinalou que na Mensagem para a Jornada da Paz ressalta que "as grandes religiões podem constituir um importante fator de unidade e de paz para a família humana, e recordei a este propósito, que neste ano 2011 se celebra o 25° aniversário da Jornada Mundial de Oração pela Paz que o Venerável João Paulo II convocou em Assis em 1986".

"Por isso, no próximo mês de outubro peregrinarei à cidade de São Francisco, convidando a que se unam a este caminho os irmãos cristãos das distintas confissões, aos representantes das tradições religiosas do mundo, e de forma ideal, a todos os homens de boa vontade, com o fim de rememorar este gesto histórico querido por meu predecessor e de renovar solenemente o compromisso dos fiéis de todas as religiões de viver a própria fé religiosa como serviço à causa da paz".

"Quem caminha rumo a Deus não pode deixar de transmitir paz, quem constrói paz não pode deixar de aproximar-se de Deus. Eu os convido a acompanhar a partir de agora com sua oração esta iniciativa", concluiu.