O palácio que alberga a Congregação para a Evangelização dos Povos foi sede da apresentação do Museu Missionário de Propaganda Fide, que reúne não só obra artísticas, mas uma recontagem do trabalho evangelizador da Igreja.

"É um museu completo, que não só tem um valor artístico, mas também foi concebido e desenvolvido, sobre tudo em função de um valor propriamente pastoral", afirmou durante a apresentação o Subsecretário do dicastério, Pe. Massimo Cenci.

Por sua parte, o embaixador Ludovico Ortona, Presidente da Sociedade para o desenvolvimento da arte, da cultura e do espetáculo (Arcus), disse que este projeto "oferece ao público a possibilidade de desfrutar de obras que até hoje não estavam ao seu dispor".

Entre o que oferece o novo museu, está a Capela dos Reis Magos. O coordenador do Comitê Científico do Museu Missionário, Francesco Buranelli, indicou que eles "representam simbolicamente os reis dos povos pagãos, que guiados pela estrela, foram os primeiros a encontrar-se com Cristo".

Além disso, na primeira sala se mostra aos visitantes um vídeo sobre as origens, a história e a atividade missionária da congregação. O museu também oferece em consulta um inédito arquivo fotográfico da agência Fides, com mais de 10 mil fotos tomadas durante as viagens em terras de missão desde o início do século XX.

Buranelli também destacou a Capela dedicada ao Beato Cardeal John Henry Newman, "que depois da conversão ao catolicismo, viveu e estudou no Colégio de Propaganda Fide e aqui celebrou sua primeira Missa".

Fazendo um pouco de história, Buranelli recordou que foi o Papa Gregorio XV que, com a "Inscrutabili Divinae", constituiu em 1622 a Sagrada Congregação de Propaganda Fide, "como uma exigência da Igreja Católica, que através de um organismo promovesse e coordenasse todas as atividades de evangelização dos territórios não-cristãos".