O Presidente da Conferência Episcopal Dominicana e Arcebispo de Santiago dos Cavalheiros, Dom. Ramón Benito de La Rosa e Carpio, exortou as autoridades e o Colégio Médico Dominicano (CMD) a estabelecer um diálogo para impedir a greve nos hospitais estatais.

A eventual greve prejudicaria principalmente os setores mais necessitados, pois implicaria o fechamento de 173 hospitais de saúde pública e do Instituto Dominicano de Seguros sociais (IDSS).

“A vida do ser humano é o mais importante, embora certamente nosso profissionais de medicina merecem melhores salários. Terá que pensar nos doentes, aqueles que nada têm", assinalou o Prelado durante a homilia da Missa que celebrou no hospital Presidente Estrella Ureña, do IDSS.

Do mesmo modo, assinalou que o governo “deve prover os remédios aos hospitais e os médicos ponderar antes de paralisar os serviços aos doentes já que aos hospitais públicos recebem cidadãos que muitas vezes nem sequer têm para comprar uma aspirina ou uma seringa”.

Na mesma linha, Rafael Guzmán, diretor do hospital Presidente Estrella Ureña, declarou que “não é o melhor momento para uma greve nos hospitais. Reconhecemos que estamos em uma etapa difícil, mas não deve fechar a possibilidade do diálogo com os grêmios de saúde".

Em janeiro, o governo aplicou um primeiro aumento de 15 por cento para o pessoal de saúde. Apesar disso, as demandas e protestos dos médicos persistem e o governo mantém firme sua posição de aumentar os salários em apenas 30 por cento.