A cadeia informativa BBC deu a conhecer os conteúdos de um manual muçulmano que ensina em torno de cinco mil crianças na Inglaterra o anti-semitismo, os "segredos da amputação perfeita" e o ódio aos homossexuais. Este texto islâmico também explica que os "infiéis" (não muçulmanos) arderão "nas chamas do inferno".

A BBC apresentou no último 22 de novembro em seu programa "Panorama", alguns dos conteúdos deste livro dirigido a umas cinco mil crianças que fazem parte da associação "Clube e escolas dos estudantes sauditas".

Os pequenos aprendem com este texto que o primeiro roubo de uma pessoa é castigado com a amputação de uma mão enquanto que o segundo com a mutilação de um pé.

Neste clube que agrupa a 40 colégios em toda Grã-Bretanha, os alunos muçulmanos recebem a citada informação, que também pede aos menores sauditas que façam uma lista das "características reprováveis" dos judeus.

Sobre os homossexuais, o texto muçulmano pergunta ao estudante: "é preferível a lapidação, ser queimado ou lançado por um precipício?", sendo esta última a opção que se sugere como resposta correta.

O texto também denuncia a história dos "protocolos" em que os judeus e os russos se esforçavam por alcançar o domínio global da economia e dos meios de comunicação.

"Recordem que os judeus têm um fenótipo que os aproxima dos símios e dos porcos", diz outra passagem do mencionado livro islâmico.

O governo da Arábia Saudita desmentiu qualquer relação com os organizadores dos cursos que se ditam nas noites ou os fins de semana nos que se usa o mencionado texto, entretanto o diretor do referido programa explica que o curso responde ao departamento cultural da embaixada da Arábia Saudita em Londres.

A BBC assinala ademais que uma das escolas, de onde obteve a informação com mini câmeras, pertence ao governo saudita. Este centro de estudos denuncia que a cadeia britânica mostra estas "descrições históricas" do livro "fora de seu contexto".

Sobre o conteúdo do texto muçulmano, o Ministro da Educação inglês, Michael Gove, assinalou que "é claro que não podemos aceitar este tipo de material nas escolas britânicas" e indicou que as escolas que o usam não gozam de nenhum subsídio estatal nem utilizam estruturas públicas.