Enquanto vai-se conhecendo o conteúdo da massiva da filtração de informação feita pelo site Wikileaks em 250 mil comunicações do governo dos Estados Unidos, um último relatório assinala que neste bloco também há 852 comunicações entre este país e o Vaticano.

Para conhecer mais sobre conteúdo destes cabos divulgados pela entidade fundada pelo australiano Julian Assange, o grupo ACI entrou em contato com o Departamento de Estado dos Estados Unidos. Assim, a porta-voz Megan Mattson assinalou em primeiro lugar que "como política não comentamos documentos que poderiam ter informação classificada".

Entretanto, Mattson comentou que o Departamento de Estado "rechaça da maneira mais enérgica a deliberada e não autorizada divulgação de material classificado sobre indivíduos e organizações" que "põem vidas em risco e ameaçam a segurança nacional".

Sobre a filtração de comunicações, o jornal do Vaticano L’Osservatore Romano assinalou que a divulgação de comunicados não muda em nada as relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a Santa Sé pois o que foi divulgado "não parece ser suficientemente substancial para modificá-las".

Em 2005 o jornal La Stampa deu a conhecer um documento no qual diversos diplomatas dos Estados Unidos expressavam sua surpresa pela eleição à Sé de Pedro do Papa Bento XVI. Estes funcionários assinalavam que acreditavam que seria eleito um cardeal latino-americano ou africano.