A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança hoje à tarde nas diversas dioceses de todo o Brasil a Campanha da Fraternidade de 2005, com o tema "Solidariedade e Paz", e o lema, "felizes os que promovem a paz".

A campanha será, como a realizada no ano  2000, ecumênica. O objetivo geral é unir as igrejas cristãs e as pessoas de boa vontade na superação da violência, promovendo a solidariedade e a construção de uma cultura de paz.

O secretário-geral da CNBB, Dom Pedro Scherer, considera o tema escolhido "muito oportuno, tendo em vista o aumento da violência em todos os níveis do relacionamento humano".

Com a campanha, a CNBB espera contribuir para a redução da violência no País. A Igreja aproveita a campanha para elogiar, apoiar e incentivar a iniciativa nacional de promover a entrega espontânea de armas. "Desarmando as mãos é mais fácil, muitas vezes, desarmar o coração também", disse o secretário-geral da CNBB ao endossar a campanha de desarmamento do ministério da Justiça.

"Não tendo arma à mão é mais difícil cometer atos de violência, de modo que, estas campanhas, também de desarmamento, de entrega das armas, são importantes para que nós possamos criar, na sociedade, pressupostos para a verdadeira paz", prosseguiu D. Pedro Scherer, que classificou a violência de "praga social, que resulta da perda dos valores éticos que devem nortear a vida pessoal e a convivência humana".

Para o secretário, "a difusão da violência é sintoma de uma cultura doente e desorientada e gera um modo de vida no qual são postas a perder as boas conquistas da civilização". Ele acrescentou ainda que "a cura da violência vem da promoção de políticas adequadas para a sociedade e da valorização das atitudes pessoais e sociais voltadas à superação da violência".

Esta é a 41ª edição da campanha da fraternidade, que faz parte da tradição da Igreja Católica no Brasil, como forma de lançar um tema de reflexão para o Tempo de Quaresma.