Médicos alemães afirmam ter obtido a primeira cura completa de uma leucemia linfoblástica com um transplante de células tronco do próprio cordão umbilical. A paciente protagonista da façanha médica é uma menina de nove anos de idade.

Conforme informa a agência EFE, a menina foi diagnosticada aos três anos de idade e, depois de ser tratada com quimioterapia, comprovou-se que a única possibilidade de sobrevivência radicava em um transplante de células tronco, também chamadas células mãe ou estaminais.

"A esperança de vida da paciente se reduzia a três meses sem uma terapia de células tronco" porque as células cancerosas já tinham alcançado ao cérebro, explicou em um comunicado o Dr. Eberhard Lampeter, diretor médico do Vita 34, um banco de cordões umbilicais fundado em 1997 por médicos da cidade de Leipzig.

Felizmente, os pais da menina conservaram seu cordão umbilical depois do parto e daí se extraíram as células mãe necessárias para o transplante.

Transcorreram seis anos e três meses desde a intervenção e "agora podemos falar com certeza de uma cura", sustenta o médico.

Lampeter informou que 15 crianças, entre elas seis com danos cerebrais, puderam ser tratados até agora com células mãe de seus cordões umbilicais.

A doutrina católica alenta a investigação com células estaminais obtidas de pessoas adultas ou de outras fontes que não suponham a eliminação de um ser humano, como as que se obtêm, por exemplo, de cordões umbilicais de crianças recém-nascidas.

Por outro lado a Igreja rechaça a investigação com as células tronco que provêm de embriões humanos, porque implicam sua eliminação, quer dizer, um aborto. Enquanto o uso de células não embrionais mostrou importantes resultados científicos, as que supõem o aborto fracassaram repetidamente.