Fernando Sanjinés, membro do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Cochabamba, denunciou que atrás do projeto de lei de saúde sexual e reprodutiva se esconde a promoção do aborto, que beneficia a grupos minoritários como ONGs feministas e corporações internacionais, em prejuízo da maioria de bolivianos.

"Estas leis não estão pensadas ou criadas com a intencionalidade de defender os direitos das pessoas. Poderia parecer que sim pois fala de direitos sexuais e reprodutivos e entretanto não está pensado na grande maioria das pessoas mas nos interesses de apenas uns quantos ", denunciou.

Em declarações à agência de notícias boliviana Infodecom, Sanjinés assinalou que os promotores do aborto afirmam que "a mulher tem pleno direito ao seu corpo", mas escondem que segundo as estatísticas, 50 por cento das gravidezes são meninas que devido a esta prática "já não tem direito ao seu corpo".

O perito acrescentou que "se abrirmos um pouco os olhos e vemos as campanhas que se realizam estamos vendo que se promove liberalismo sexual, se está falando de promiscuidade, se está falando de rebeldia, de uma falsa individualidade e de uma falsa liberdade"; sem recalcar as obrigações que têm os jovens.

Ao perguntar-se o que se pretende com este tipo de leis, Sanjinés pediu não perder de vista "que o objetivo que tem se marcado…dentro do governo (…), é a destruição da família e a destruição da fé, claro muita gente que escute minhas palavras vai dizer: que barbaridade ele está falando"

"É simplesmente ler a doutrina de Gramsci que os líderes do governo declararam abertamente e a seguem. E Gramsci expõe que os dois princípios claros são destruir a fé e a família para poder tomar o controle e o poder… simplesmente disso se trata…", assinalou.