A Biblioteca Apostólica Vaticana "conserva desde suas origens a inconfundível abertura realmente católica, universal, a tudo o que de belo e bom" que "produziu a humanidade ao longo dos séculos", afirma o Papa Bento XVI em uma missiva dirigida ao Cardeal Raffaele Farina, arquivista e Bibliotecário da Santa Igreja Romana.

Na carta, escrita com motivo da reabertura da Biblioteca Apostólica Vaticano e da inauguração da exposição "Conhecer a Biblioteca Vaticana: uma história aberta ao futuro", Bento XVI afirma que esta não é "uma biblioteca teológica ou predominantemente de caráter religioso", mas "fiel às suas origens humanistas, está por vocação aberta ao humano e assim serve a cultura".

"Nada do que é realmente humano é estranho à Igreja, que por isso sempre procurou, recolheu e conservou, com uma continuidade que tem poucas comparações, os melhores resultados dos esforços humanos para elevar-se sobre a pura materialidade da investigação, consciente ou inconsciente, da Verdade", escreve o Santo Padre.

Bento XVI afirma que com a Biblioteca Vaticana "a Igreja se re-propõe hoje, como há cinco séculos, servir a todos os seres humanos, inserindo esse ministério no marco mais amplo do ministério que é essencial para fazê-la Igreja: Igreja como comunidade que evangeliza e salva".