O Papa Bento XVI enviou ontem uma mensagem ao Presidente da Coréia, Lee Myung-bak, com ocasião da cúpula do G20 que se encerra nesta sexta-feira em Seul , na qual pediu por soluções à crise econômica mundial que não prejudiquem os países que não integram este bloco.

O Grupo dos 20 reúne as maiores economias de todas as regiões do mundo, e a União Européia como bloco. É um foro de cooperação e consultas sobre o sistema financeiro internacional.

Em sua mensagem, difundida pela Rádio Vaticano, o Papa recorda que o encontro do G20 é um sinal eloqüente da relevância e da responsabilidade adquiridas pela Ásia no cenário internacional e destaca que com sua eleição como sede, a Coréia se converte no primeiro país anfitrião que não pertence ao G8.

O Santo Padre pediu traçar soluções para as questões complexas, com a colaboração de toda a comunidade internacional, "no reconhecimento, comum e de acordo entre todos os Povos, do valor primário e central da dignidade humana, objetivo final das mesmas decisões".

Do mesmo modo, recordou que a Igreja Católica "sente-se partícipe e compartilha as preocupações dos líderes que participarão da Cúpula de Seul ".

O Papa convidou os participantes a confrontarem os múltiplos e graves problemas "tendo adequadamente em consideração as conseqüências das medidas que foram adotadas para compensar a crise e na busca de soluções duradouras, sustentáveis e justas”.

"O mundo os observa -adverte o Santo Padre- e espera a adoção de instrumentos adequados para sair da crise, com acordos comuns que não privilegiem alguns países em prejuízo de outros".

“É decisivo para o futuro da humanidade mostrar ao mundo e à história que hoje, também graças à crise, o ser humano amadureceu ao ponto de ser capaz de reconhecer que civilizações e culturas, como os sistemas econômico, social e político, podem e devem convergir numa visão partilhada da dignidade humana”, finaliza a mensagem .