Buenos Aires, 8 de nov de 2010 às 08:46
O Bispo Auxiliar de La Plata, Dom Antonio Marino, exortou a não cair no
dogma relativista que faz impossível falar de verdades e direitos
absolutos, como o direito à vida; e indicou que um exemplo do
relativismo moral são os cadernos de educação sexual integral promovidos
pelo ministério de educação da nação. No Brasil a aprovação do PNDH-3
do governo Lula também prevê a educação sexual das crianças baseada na
ideologia de gênero, o que contribuiria para a ditadura relativista
denunciada pelo prelado argentino.
"Existem coisas que são moralmente más e o são intrinsecamente, e nunca
se converterão em boas por nenhuma circunstância ou finalidade tentada,
como por exemplo matar um inocente no seio de sua mãe; ou impor à
criança e ao jovem um ensino que contradiz os princípios morais de seus
pais, negando assim o direito inalienável à pátria potestade; ou, chamar
de matrimônio uma realidade que não o é", expressou durante o 3°
Congresso de Construtores do Bem Comum organizado pela Fundação Latina.
Nesse sentido, o também responsável pela Comissão Episcopal de
Seguimento Legislativo advertiu que o relativismo moral "vale-se de uma
explicação construtivista, que se vê refletida, a modo de exemplo, em
programas e textos redigidos pelo Ministério de Educação da Nação, nos
conhecidos ‘Cadernos de Educação Sexual Integral’".
O Prelado disse que embora o dogma relativista tenha sido apresentado
como "fundamento da tolerância, do diálogo, da liberdade de expressão,
valores todos estes que possibilitam a democracia", o certo é que sua
imposição no mundo faz impossível falar de verdades e direitos absolutos
como a vida dos não-nascidos e a instituição matrimonial.
Por outro lado, Dom Marino criticou a proposta de erradicar os símbolos
religiosos das instituições civis e dos espaços públicos. Disse que
princípio impulsionado por uma minoria "parece acreditar que na
organização da sociedade pode-se ignorar seu passado e sua identidade
histórica e cultural".
O Prelado recordou que a Argentina se fundou sobre princípios católicos,
portanto rechaçou que queira argumentar que os símbolos religiosos
sejam uma ameaça para a democracia e a liberdade.
"Deveríamos então mudar os nomes de inumeráveis cidades, províncias e
ruas que levam a marca do cristão e católico. Por não falar dos
ressaibos da linguagem bíblica que ficaram impressos nas línguas
romances e na língua castelhana em que nos expressamos, e que seria
longo ilustrar", indicou.
É interessante recordar que no Brasil o controvertido Plano Nacional de
Direitos Humanos (PNDH-3) também contém entre suas propostas a
doutrinação na ideologia de gênero, a retirada de símbolos religiosos de
locais públicos, a liberação do aborto (tratando-o como “tema de saúde
pública”) e a legalização das uniões homossexuais.
Para entender mais sobre o PNDH-3 recomendamos o artigo do Prof. Felipe
Aquino, apresentador e blogger da Canção Nova, que pode ser visto em:
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=18489