A perseguição aos cristãos no Iraque alcançou um nível de "genocídio" com o recente massacre ocorrido no domingo no que morreram 58 pessoas, denunciou o Pe. Safaa Habash, sacerdote católico sírio nascido no Iraque e estabelecido atualmente em Michigan, nos Estados Unidos.

Em declarações à agência ACI Prensa, do grupo ACI ao qual ACI Digital pertence, este presbítero assinala que as imagens que chegaram às suas mãos resultam "muito tristes, inexpressáveis" e denuncia que os grupos fundamentalistas muçulmanos estão "exercitando sua inimizade contra as comunidades cristãs" e tratando de "matar o próspero cristianismo no Iraque".

Muitos iraquianos, entretanto, não buscam explicar o massacre do domingo. Tudo o que eles estão se perguntando é se ainda podem viver no país. Embora o Pe. Safaa sirva em uma comunidade que escolheu, no momento, procura refúgio nos Estados Unidos, e está de acordo com a mensagem do Sínodo para o Oriente Médio.

"Nossa Igreja foi edificada sobre os mártires", recorda, "houve muitos mártires na Igreja na Síria, na Igreja na Caldéia, em toda a Igreja no Iraque. Nós não perdemos de vista que somos a Igreja dos Mártires".

"Os cristãos no Iraque e seus líderes religiosos estão determinados a permanecerem nesse país. Eles estão envolvidos na reconstrução do Iraque", demarca o Pe. Safaa Habash. "Sacerdotes, centros religiosos, monastérios, eles podem ensinar a linguagem da paz, a linguagem do amor, a linguagem da justiça. E penso que sua presença é importante para o futuro do Iraque". "Diria que temos uma esperança, que veremos a luz ao fim do túnel", concluiu.