O jornal Extra da Costa Rica questionou o governo deste país por ceder às pressões da Comissão Internacional de Direitos humanos que pretende impor nesta nação a obrigação de realizar a fecundação in vitro.

No editorial titulado "E a Soberania Nacional?", o chamado periódico critica a atitude da chancelaria da Costa Rica "quando sem pensar em nossa soberania correu para apresentar um projeto de lei para permitir a fecundação in vitro, não só a matrimônios mas também a mulheres solteiras que desejam um filho, sem avaliar inclusive as conseqüências da ausência do pai".

O jornal ‘Extra’ adverte que esta pressão contra a Costa Rica é inconstitucional já que se está exigindo aos deputados que "aprovem pela via rápida o desafortunado projeto e se negocia com o Poder Judicial. Isto nos leva a questionar-nos se realmente existe neste país a divisão de poderes".

"Os defensores da fecundação in vitro são principalmente alguns ginecologistas e empresários que vêem no tema um negócio e aquelas pessoas que só enxergam o aspecto social positivo de poder ter um filho que não podem gerar pelos meios naturais, mas se esquecem dos aspectos negativos".

A eles, alertam "se unem os que aprovam o aborto, pois uma sociedade que não respeita a vida humana do embrião tampouco vai se importar em liquidar uma criança que ainda não saiu que ventre de sua mãe".

"Para entender o tema se deve ter muito claro que para fazer possível uma vida humana com a técnica de fecundação in vitro se deva sacrificar entre o 95% e o 97% dos embriões fabricados nos laboratórios", denuncia o jornal Extra.

O texto explica logo que já que a vida humana se inicia na fecundação, na união do óvulo com o espermatozóide que geram um embrião, este e o "feto humanos devem ser tratados em todo momento com o respeito devido à dignidade humana. De maneira que não cabe para o embrião humano outra qualificação que a de ‘pessoa’".

Depois de lamentar que "é uma lástima que o governo não queira defender estes direitos humanos!", o editorial conclui assinalando que "hoje mais que nunca deveríamos retomar aquela frase inspiradora de nosso Hino Patriótico aos 15 de Setembro: ‘Saibamos ser livres, não servos minguados, direitos sagrados a Pátria nos dá’".