O Arcebispo de Sevilha, Dom Juan José Asenjo, alentou os católicos a rezarem mais pela causa pró-vida durante os dias 21 aos 23 de outubro, quando será realizado um congresso internacional a favor do aborto e que portanto "não vai ser um fato glorioso na história de nossa cidade".

"Alguns me pediram que fizessem o que estivesse ao meu alcance para impedi-lo. Como podem imaginar, não tenho em minhas mãos a possibilidade evitar sua celebração, mas sim tenho o dever de iluminar a consciência de nossos fiéis sobre este acontecimento", afirmou o Prelado.

Dom Asenjo recordou que o caráter legal do aborto não lhe dá legitimidade nem o faz moral. "O aborto é sempre uma imoralidade, um mau objetivo; não é progresso e sim retrocesso. Em realidade é um "crime abominável", como o qualificou o Concílio Vaticano II", recordou.

O Prelado disse que nestas circunstâncias os fiéis devem envolver-se mais na defesa dos não-nascidos, assim como recorrer à oração.

"Sugiro aos sacerdotes que nos dias da realização do congresso tenham em conta esta intenção (os não- nascidos) nas preces dos fiéis da Santa Missa e na oração do Rosário nas paróquias, e que inclusive programem algum ato especial de oração ante o Santíssimo por esta causa. Peço o mesmo às freiras contemplativas, às Irmandades em seus cultos e aos grupos e movimentos apostólicos", expressou.

Dom Asenjo recordou que "em dezembro de 2007, a Assembléia Geral da ONU adotou uma resolução pela qual se convidava os Estados membros a instituírem uma moratória na aplicação da pena de morte. Deus queira que chegue também o dia em que o aborto seja suprimido de nossas leis e todos reconheçamos com vergonha o imenso e trágico engano cometido nos séculos XX e XXI pela humanidade".