O Arcebispo da capital do México, Cardeal Norberto Rivera Carreira, explicou que a reconciliação nacional é uma tarefa pendente ante as celebrações pelo Bicentenário da independência nacional.

"Sempre que fomos capazes de nos unir, e os exemplos sobram, nosso povo avançou, progrediu. Sempre que nos desunimos, e a realidade presente é exemplo disso, provocamos um enorme atraso", indicou em sua homilia dominical o prelado.

Desde a Catedral, o cardeal recordou a urgência de uma "reconciliação nacional" como uma "tarefa pendente entre políticos e cidadãos. Só a partir daí poderemos enfrentar melhor um de nossos pontos fracos, a pobreza de milhões de mexicanos", indicou e pediu também que se "potencialize a educação de jovens e crianças que é uma necessidade premente".

O Arcebispo do México assinalou que o papel missionário da Igreja apressa o valor das pessoas e a reconciliação. "À Igreja não move o afã da discórdia a não ser o compromisso irrenunciável com a verdade sobre o ser humano e sobre Deus. Seu testemunho a exige a estar perto dos mais pobres e sua missão a conduz a estar comprometida na educação", acrescentou.

O Cardeal afirmou que os festejos da nação não podem acabar com uma festa ou alguns monumentos para a história. "A verdadeira celebração deve ser ocasião para renovar nossa identidade como povo, nosso orgulho como nação e a valorização da pátria que construímos juntos, com todos seus valores incluindo sua profunda religiosidade e consciência de transcendência em Jesus Cristo", assinalou.

O Cardeal Rivera fez suas as palavras que os bispos mexicanos plasmaram em sua Carta Pastoral com ocasião Bicentenário da independência no último 1 de setembro na Basílica do Guadalupe, e onde destacou a proposta que o episcopado fez para que o Estado mexicano atenda três prioridades: "Um combate frontal à pobreza, educação de qualidade e reconciliação nacional".