Outros três detentos políticos cubanos da Primavera Negra serão "soltos em breve" pelo Governo de Raúl Castro em virtude da mediação da Igreja Católica em Cuba e viajarão à Espanha, conforme anunciou a Arquidiocese de Havana esta segunda-feira em um comunicado.

Os dissidentes som Horacio Julio Piña Borrego, um ativista de Direitos humanos condenado a 20 anos de prisão; Fidel Suárez Cruz, integrante do Movimento 20 de Maio e bibliotecário independente, com uma pena de 20 anos; e Alfredo Felipe Fuentes, jornalista independente e membro do Movimento Cristão de Liberação, do dissidente Oswaldo Payá, sentenciado a 26 anos.

Com sua partida, chegarão a 39, de um total de 52 detentos políticos que o presidente cubano se comprometeu em liberar em julho passado, os dissidentes da chamada Primavera Negra que já foram liberados e chegaram à Espanha.

Dos 36 prisioneiros de consciência que foram à Espanha, dois decidiram viajar a outros países. Esse é o caso do José Ubaldo Izquierdo, quem a princípios de agosto se transladou ao Chile com sete familiares. Arturo Pérez de Alejo, por sua parte, viajou esta segunda-feira a Miami, junto à sua mulher e uma filha, convertendo-se no primeiro detento liberado que consegue viajar aos Estados Unidos.

Estas liberações são fruto do diálogo que iniciou alguns meses atrás o Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega, e da intermediação do ministro de Exteriores e Cooperação da Espanha, Miguel Angel Moratinos, quem em julho esteve na ilha em visita oficial.