O diretor do Centro Europeu para a Lei e a Justiça (ECLJ por suas siglas em inglês), Grégor Puppinck, disse ao Conselho de Direitos humanos da ONU, que a disciplina de Educação para a Cidadania violam os direitos reconhecidos internacionalmente e considerou necessária sua correção por parte do Governo espanhol.

O diretor do ECLJ, organização de caráter consultivo em várias instituições da ONU, recordou que o conflito gerado pelo projeto Educação para a Cidadania (EpC), levou a mais de 50 mil pais a apresentarem objeções de consciência porque as disciplinas formam ideologicamente os filhos e viola o direito a educá-los segundo as convicções de seus progenitores. Acrescentou que muitas das denúncias apresentadas contra esta matéria obtiveram sentenças favoráveis nos tribunais locais.

Puppinck afirmou que se está ante um grave problema de liberdade de consciência e portanto é necessário que o Conselho de Direitos humanos insista ao Governo espanhol que retifique sua posição no conflito ante os pais, porque a polêmica segue vigente no curso escolar que acaba de começar.

Leonor Tamayo, porta-voz de Profissionais pela Ética, destacou a apresentação feita por Puppinck, pois "é a primeira vez que apresenta o conflito espanhol do EpC em uma instituição da ONU, que tem uma ressonância internacional sem precedentes".

O ECLJ, com sede em Estrasburgo, é uma das entidades que representa mais de 300 espanhóis em seu processo legal contra o Estado espanhol ante o Tribunal Europeu de Direitos humanos pelo conflito do EpC.