Bernard-Henri Lévy é um pensador ateu considerado como referência intelectual da chamada nova esquerda. Em declarações ao jornal espanhol ABC ele assegurou que o catolicismo é de longe a religião mais atacada na Europa e lamentou que se cometam tantas injustiças contra o Papa Bento XVI.

"A voz do Papa é extremamente importante. E somos muito injustos com este Papa. Eu não sou católico, mas acredito que existem preconceitos. Sobre tudo um anti-catolicismo primário que está tomando proporções enormes na Europa", afirmou.

Segundo o pensador, "na França se fala muito das violações dos cemitérios judeus e muçulmanos, mas ninguém sabe que as tumbas dos católicos também são profanadas habitualmente. Há uma espécie de anti-clericalismo na França que não é sadio em absoluto. Temos direito a criticar as religiões, mas a religião mais atacada hoje em dia é a religião católica".

Para Lévy, que diz estar a favor da construção de uma mesquita perto da Zona Zero em Nova Iorque e se opõe ao uso da burka (traje das mulheres nos países muçulmanos), o catolicismo sofre mais ataque que o islã. "Os muçulmanos, no terreno intelectual, se defendem. Os católicos, muito menos", admitiu.