O Arcebispado de Havana anunciou esta sexta-feira a liberação de outros quatro presos políticos, do grupo dos 52 detidos durante a Primavera Negra de 2003, que "aceitaram a proposta de sair da prisão e transladar-se a Espanha".

Os dissidentes são Nelson Molinet Espino, um ativista sindical independente condenado a 20 anos da prisão; Héctor Raúl Valle Hernández, vice-presidente da Confederação de Trabalhadores Democráticos de Cuba, com uma pena de 12 anos; Miguel Galván Gutiérrez, jornalista da agência independente Havana Press, que cumpre uma condenação de 26 anos de cárcere; e José Miguel Martínez Hernández, diretor da Biblioteca Independente Geral Juan Bruno Zayas, sentenciado a 13 anos.

Com este anúncio chegam a 36 o número de dissidentes libertados que decidiram transladar-se à Espanha depois de que o Governo comunicasse no fim de junho sua intenção de pôr em liberdade os 52 prisioneiros de consciência da chamada Primavera Negra, uma das maiores ondas repressivas contra a oposição ao governo Castro.

Estas liberações são fruto do diálogo iniciado há alguns meses o Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega, e da intermediação do ministro de Exteriores e Cooperação da Espanha, Miguel Angel Moratinos, quem em julho esteve de visita oficial na ilha.