O coordenador do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá Sardiñas, reafirmou o compromisso da dissidência pacífica por obter mudanças democráticas em Cuba, através de um processo democrático que contemple a liberdade dos detentos políticos.

Em um comunicado, afirmou que logo depois de 22 anos de existência do MCL se está abrindo uma nova etapa. Indicou que o povo cubano tem esperança no futuro, embora ainda vive sem seus direitos fundamentais, na pobreza e sob um Governo “que é mais um poder de uma junta militar de ricos, com todos os privilégios e com dois caudilhos”.

Em relação aos detentos políticos, o MCL assinalou que os que foram enviados fora do país são agora exilados políticos. Entretanto, afirmou que “tanto os que saem ao desterro como os que ficam na prisão pagam o preço da dor por ter optado pelo povo e pela libertação por isso, saem ou ficam com toda dignidade”.

Do mesmo modo, reafirmou a vigência do Projeto Varela, que busca a transição pacífica da ilha à democracia. Além disso se referiu ao documento Unidos na Esperança, que foi elaborado com a contribuição de diversos setores da sociedade interessados em um melhor futuro para Cuba.

“Queremos o dialogo verdadeiro mas não aceitamos diálogo algum que não seja dentro de um processo transparente que não vá expressa e diretamente dirigido ao reconhecimento legal de todos os direitos para todos os cubanos”, expressou.

Por isso, após 22 anos da criação do MCL, Payá convidou os cubanos a trabalharem pela reconciliação, a transparência e as mudanças com direitos, que implica a participação da população no futuro do país, como é a eleição de suas próprias autoridades. “O povo cubano tem direito ou seja sobre sua vida e seu destino”, afirmou.

“Existe um espírito generoso e o desejo de deixar atrás ódios e rancores na maioria dos cubanos. Devem ser liberados e não deportados todos os prisioneiros políticos. No diálogo transparente e o exercício dos direitos, propiciar-se-á o ambiente para o perdão e a compressão entre todos os cubanos e obter a paz”, assinalou.

Finalmente, depois de pedir “pelo fim da discriminação dos cubanos em sua própria terra”, Oswaldo Payá, exigiu eleições livres “para escolher representantes e governantes que façam a vontade do povo e que possam ser depostos se não o fizerem”.

Mais informação em espanhol no site: www.oswaldopaya.org