A Conferência Episcopal da Indonésia solicitou ao presidente Susilo Bambang Yudhoyono que defenda a liberdade religiosa ante a onda de extremismo muçulmano que ataca as minorias religiosas como a católica no país.

Em uma carta enviada pelo Presidente do Episcopado, Dom Martinus Dogma Situmorang, e o Secretário Geral do organismo, Dom Johannes Pujasumarta, os prelados expressam ao mandatário que estão preocupados "porque o Estado não parece estar em capacidade de assegurar o amparo das minorias religiosas quando estas se encontram sob a pressão proveniente de grupos religiosos de maioria".

Os bispos, assinala a nota do L’Osservatore Romano, referem-se concretamente aos incidentes ocorridos nas últimas semanas em Bekasi e Bogor contra a igreja protestante de Batak (Hkbp) e a igreja católica de Yasmin. Os cristãos de ambas as comunidades foram obrigados a rezar em campo aberto porque funcionários do governo fecharam seus templos e foram violentamente interrompidos por extremistas muçulmanos em seus serviços religiosos.

Os prelados expressam sua profunda preocupação ante estes fatos e denunciam que "a muitos de nossas irmãs e irmãos cristãos pediram, através da força, que abandonem a própria religião e deixem sua própria fé. Senhor presidente, há muito tempo esperamos sinais explícitos e concretos contra os grupos extremistas para que sejam chamados ao respeito da Constituição, já que todos os cidadãos são iguais ante a lei".

Seguidamente os bispos pedem ao mandatário que na Indonésia "não se permita à maioria pressionar a minoria" e criticam a corrupção do setor político. "Até agora foi feito pouco por desterrar o extremismo –lamentam– logo de que no último 15 de agosto o mesmo presidente declarou que ‘a liberdade religiosa está protegida pela Constituição’".