A Conferência Episcopal do Quênia (CEK), reafirmou a necessidade de corrigir a Constituição recentemente aprovada, porque em seu artigo 26 se abre a porta a uma possível legalização do aborto.

Logo depois de uma reunião dos bispos, o Presidente da CEK, o Cardeal John Njue, disse que embora o novo texto tenha aspectos positivos, o ponto 4 do artigo 26 assinala que "o aborto não está permitido a menos que, segundo a opinião de um profissional sanitário especializado, haja necessidade de um tratamento de emergência, ou a vida ou a saúde da mãe estejam em perigo, ou se o permite alguma outra lei escrita".

Segundo a agência vaticana Fides, os bispos advertiram que a afirmação "se o permite alguma outra lei escrita", abre ‘de facto’ o caminho para a legalização desta prática.

Os prelados indicaram que enganos como este devem ser corrigidos em breve e afirmaram que como pastores da Igreja brindam uma orientação moral, e insistem "na necessidade de confrontar as questões morais que viciam a nova Constituição. Esta voz não poderá jamais ser calada".

Nesse sentido, o Cardeal Njue afirmou que durante o processo de referendum "cumprimos nosso rol de dirigir nosso rebanho pelo caminho da decisão mais justa. Não nos subtraímos da responsabilidade de afirmar de maneira inequívoca quais são os princípios da nossa fé em relação com alguns problemas presentes em nossa nova Constituição".