O Arcebispo de Morelia, Dom Alberto Suárez Inda, esclareceu que a adoção de menores por parte de casais do mesmo sexo não é um assunto de tolerância mas sim de legitimar algo que vai "contra a própria natureza".

Ante o mal-estar da sociedade mexicana pela sentença da Corte Suprema que permite estas adoções, o Arcebispo explicou que "uma coisa é a tolerância de condutas contrárias ao que é usualmente aceito e outra coisa é querer legitimar o que vai contra a mesma natureza".

Dom Suárez assinalou que "independentemente da doutrina católica, que é muito clara a respeito disto, penso que não se toma em conta os elementos que nos brindam as ciências naturais e humanas, como são a Biologia, a Antropologia e a Psicologia, nas quais estão claramente definidos os caracteres de homem e mulher, que são básicos para um verdadeiro matrimônio e uma autêntica família".

"Conheço muitos casos de crianças e jovens que estiveram privados de pai ou mãe e que pela falta da figura paterna ou materna têm um grande vazio e em ocasiões traumas que os marcam por toda a vida", acrescentou e pediu dar valor às "tradições mais arraigadas e a cultura de um povo".

"Não é justo que se pretenda de maneira arbitrária atropelar o que é a base de nossa sociedade. O núcleo ou célula da malha social foi a família de marido, mulher e filhos biológicos ou adotivos", acrescentou.

O Arcebispo considerou "que estes temas deveriam ser analisados e discutidos em foros de alto nível acadêmico e interdisciplinar. As autoridades não se deveriam pronunciar por pressões ou motivos apressados sem suficiente raciocínio e sem ampla consulta à população".

Dirigindo-se aos fiéis, o prelado recordou que "querer mudar a lei natural é ir contra o intuito do Criador. De nós poderia chegar a dizer tristemente o que afirma o Salmo 32: ‘São uma nação que perdeu o juízo".