O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, reiterou, como já o disse o Coordenador da visita papal ao Reino Unido, Monsenhor Summersgill, que não se cobra a entrada para a Missa com o Papa Bento XVI no Reino Unido e deu uma detalhada explicação da logística que levou a diversos meios a informar erradamente sobre este assunto.

Depois de apresentar esta quarta-feira pela manhã o programa oficial do Santo Padre no Reino Unido, o Pe. Lombardi disse que "li e escutei objeções absolutamente infundadas. Ouvi falar sobre como o Vaticano pedia pagar uma entrada para ir à Missa, outorgando uma responsabilidade ao Vaticano nas opções de caráter organizativo muito específicas. E isto é absolutamente equivocado".

"Devemos recordar que o Papa vai a um país porque é convidado, e é convidado pelas autoridades mais altas do Estado –pela Rainha e o governo– e é convidado pela Igreja local. Então os custos, os esforços organizativos da visita correm pela conta, naturalmente, de quem convida. Não é o Papa que se auto-organiza uma viagem a Inglaterra", disse o sacerdote jesuíta.

O Diretor da Sala de Imprensa precisa logo que "é importante ter em conta então, primeiro isto: o Vaticano não estabeleceu nada disto. trata-se de modalidades organizativas confrontadas no lugar pela Igreja local, mas tendo em conta os vínculos de caráter organizativo impostos pelas autoridades civis".

Neste caso, continuou, "temos a situação incomum de que as pessoas não podem andar livremente a pé no lugar dos grandes eventos (Hyde Park), dos três eventos públicos principais: devem mobilizar-se com meios de transporte organizados e é necessário que todos os lugares sejam atribuídos com um número absolutamente preciso. Este não é o modo habitual com o qual as pessoas participam dos eventos durante as viagens do Papa. Então, isto é tomado em conta e isto é imposto pelas exigências de segurança das autoridades civis".

Então, prosseguiu em suas declarações a Rádio Vaticano o P. Lombardi, "as autoridades eclesiásticas a seu turno deveram organizar aos grupos de fiéis que poderiam ir juntos com meios de transporte organizados, dando um ‘passe’, um ingresso específico a cada fiel que participa, e isto vem como parte de um pequeno ‘kit’ de serviço –pastoral e logístico– e por isso se pede uma ‘contribuição’ (voluntária) a cada grupo que se organiza para participar".

O porta-voz vaticano assinala logo que o uso que dê a esse dinheiro depende exclusivamente de quem o recebe. "Não se trata, então, de um ticket pago por pessoas individualmente para ir à Missa. Acredito que se se tiver presente esta situação, entende-se melhor o assunto", acrescentou.

Finalmente o Pe. Lombardi comentou que os jornalistas têm maiores exigências que em outras viagens e isto tampouco "não depende do Vaticano nem da Igreja local".