O coordenador do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá, expressou sua solidariedade com Reina Tamayo, mãe do preso político falecido Orlando Zapata, ante a perseguição do Governo comunista que não permite que ela vá à igreja nem denuncie a morte de seu filho.

Como se recorda, Orlando Zapata faleceu em fevereiro deste ano logo depois de uma prolongada greve de fome e ante a indiferença do Governo de Raúl Castro. "Zapata entregou sua vida, voluntariamente, mas pela crueldade e o crime do regime, Zapata sofreu até a morte, pela dignidade dos cubanos, pela liberação de todos os prisioneiros políticos", assinalou Payá.

O líder dissidente denunciou que agora é a mãe, Reina Tamayo, quem "está sendo maltratada, perseguida e reprimida para que não vá à igreja, para que não saia pela rua denunciando que seu filho morreu por um crime do governo".

Através de uma mensagem, o coordenador do MCL afirmou que assim como a respaldaram "para evitar que seu filho morresse, nós a apoiamos agora em seu direito de clamar pela justiça e a denúncia da morte de seu filho".

Continua a repressão

Por outro lado, Payá denunciou que não pôde comunicar-se antes "porque o governo mantém cortado p meu telefone desde que realizaram uma ligação da emissora espanhola ONDA ZERO, que nos ligou há uma semana para fazer uma entrevista".

"Para que eu não possa falar com a imprensa, para que não possa falar com meus irmãos que partem para o desterro, o governo me deixou incomunicado", indicou.