Os magistrados do Supremo Tribunal de Justiça do estado de Guanajuato no México desmentiram a organização feminista ‘Centro Las Libres’ que apresentou seis mulheres condenadas pelo homicídio de seus filhos recém-nascidos como falsas presidiárias por abortos ilegais.

Conforme recolhe o jornal El Universal, em um encontro com a imprensa local, quatro magistrados do tribunal "explicaram que as seis mulheres condenadas a três décadas de prisão são culpadas do delito de homicídio em razão de parentesco e não do delito de aborto, porque seus filhos nasceram vivos, respiraram e suas mães os privaram da vida".

"Só no caso de Alma Yareli Salazar –condenada a três anos de prisão- não creditaram a ela a autoria criminal. O magistrado Alfonso Fragoso Gutiérrez assegurou que nos seis casos se comprovou com depoimentos médicos ‘que o produto viveu e que houve uma ação da mãe que provocou a morte’", acrescenta o jornal.

Um dos bebês "foi jogado em uma latrina para que falecesse e outros padeceram a obstrução das vias respiratórias para que falecessem por asfixia mecânica".

Por sua parte, a presidenta do Tribunal, Raquel Barajas Monjarás, rechaçou qualquer possibilidade jurídica de reabrir os expedientes das seis mulheres mas indicou que poderia permitir às Nações Unidas a análise dos mesmos.