Os sacerdotes da Arquidiocese de Antequera-Oaxaca exigiram às autoridades solucionar a injustiça cometida contra o Pe. Martín Octavio García Ortíz, e não deixar na impunidade o assassinato do Pe. Salvador Carlos Wotto, morto no dia 28 de julho, pois fatos como este são mostras da decomposição social que vive o país.

"À medida que o homem se afasta de Deus se converte em lobo do homem, por isso urge derrotar a podridão à que nos conduziu a corrupção e a impunidade e assim recuperar a justiça, a desejada paz e o bem-estar de nossas famílias, de tal maneira que se obtenha a reconciliação e com isso, uma sã convivência social", expressaram os 87 sacerdotes em um comunicado.

Os presbíteros agradeceram a Deus por haver-lhes concedido o Pe. Wotto, mas exigiram que seu crime não fique impune como o do Pe. Mauro Andrés Ortíz Carreño, assassinado no dia 6 de Maio de 1998.

O texto expressou também a indignação do presbitério pelo covarde assassinato do Pe. Wotto, que tinha 82 anos de idade e portanto não tinha "capacidade de defender-se, e por ser um ministro sagrado inteiramente dedicado ao serviço da comunidade cristã".

Sobre o caso do Pe. García Ortíz, os sacerdotes exigiram solucionar imediatamente "toda a série de delitos, injustiças e arbitrariedades que se cometeram contra sua pessoa, exonerando-o de qualquer cargo delituoso, pois toda a sociedade sabe que é totalmente inocente das falsas e dolosas imputações das quais o culpam". O sacerdote foi acusado de levantar os habitantes de San José del Progreso para assassinar ao presidente municipal.

Finalmente, os presbíteros chamaram os delinqüentes à conversão. "Consideramos que devemos proceder como fez Jesus na cruz; perdoando os seus injustos agressores. Pedimos que Deus dê não somente o autêntico e devido arrependimento, mas também a necessária conversão; que dê às autoridades, a lucidez e habilidade necessárias para resolver este e outros casos que diariamente se apresentam", expressaram.