O Diretor do Escritório para a América Latina do Population Research Institute (PRI), criticou duramente o lançamento, por parte do Ministério de Saúde do Peru (MINSA), de um "plano nacional de planejamento familiar" para localidades rurais da zona andina; em vez de atender as necessidades fundamentais de saúde básica nestes lugares onde os habitantes "vêem os seus filhos morrerem muitas vezes sem a atenção médica suficiente".

No marco da "Campanha Nacional de Planejamento Familiar com ênfase em zonas rurais", no contexto do "Dia Mundial do Planejamento Familiar" que se celebra cada 3 de agosto, a coordenadora da estratégia sanitária nacional de saúde sexual e reprodutiva do MINSA, Lucy do Carpio, apresentou este programa que promove a anticoncepção na praça principal do distritito do Curahuasi no departamento do Abancay.

Em declarações à agência ACI Prensa, Carlos Pólo assinalou que "alguns funcionários como Lucy del Carpio insistem em priorizar suas ‘receitas’ ideológicas e não entendem nem remotamente as necessidades do povo. Curahuasi é um dos 9 distritos da província de Abancay no Apurímac, um dos departamentos mais pobres do Peru onde estão as mais altas taxas de mortalidade infantil" aonde segundo o Instituto Nacional de Estatística falecem 53 Crianças de cada mil nascidos vivos.

O Diretor do PRI para a América Latina comenta logo que "os matrimônios dessa zona rural do país, conhecida historicamente por seus cultivos de anis, vêem os seus filhos morrerem muitas vezes sem a atenção médica suficiente. Na mentalidade andina e no contexto econômico centrado na agricultura, esta é uma dupla tragédia".

"Acrescentemos a isto a tendência migratória que anima os jovens mais prometedores e produtivos (E coincidentemente os mais fecundos) a emigrar às cidades. O que a senhora del Carpio quer fazer? Terminar por desaparecer com a população de Curahuasi?", questiona Pólo.

Seguidamente adverte que "enquanto hoje em dia se levantam milhares de vontades para ajudar as Crianças da serra peruana afetada pelo frio, Lucy del Caprio chega com anticoncepcionais. Coisa que em particular não me surpreende, ela leva muitos anos e vários governos promovendo a anticoncepção dentro do ministério de Saúde".

Pólo conclui comentando que "não se entende a absoluta insensibilidade de funcionários comprometidas com agendas ideologizadas e promovidas por organismos estrangeiros cuja mentalidade é terminar, não com a pobreza, mas com os pobres deste mundo. Hoje, eles puseram a pontaria sobre a pobre gente de Curahuasi".