Em um comunicado de imprensa a Arquidiocese da Cidade do México lamentou a decisão da Suprema Corte de Justiça da Nação de emitir a sentença a favor da constitucionalidade das uniões do mesmo sexo para a capital e denunciou que a discussão que levou a esta decisão foi "conduzida com ligeireza e matreira atitude".

A seguir a tradução do comunicado:

"A Arquidiocese Primaz do México lamenta a decisão que se tomou hoje na Suprema Corte de Justiça da Nação em torno da constitucionalidade das uniões legais entre duas pessoas do mesmo sexo.

Uma vez mais fomos testemunhas da iniqüidade com que as leis são interpretadas para favorecer unilateralmente a situações extraordinárias que não refletem a atividade nem a razão de ser de uma sociedade humana natural.

A determinação da Suprema Corte de Justiça da Nação de considerar como constitucionais o reconhecimento jurídico das uniões entre duas pessoas do mesmo sexo manifesta a incapacidade de ver na natureza e as leis de Deus, o contexto legal que evita que a humanidade seja destroçada e se confunda a si mesmo. Vimos como uma discussão de uma ordem transcendental para a raça humana foi conduzida com ligeireza e matreira atitude.

Não podemos senão declarar nossa esperança de que esta determinação não obrigue os Estados da República e que as ordens legislativas destes, como em outras ocasiões, procurem a defesa dos valores humanos e familiares dos cidadãos mexicanos que entregaram a eles sua confiança para responder ante estes debates.

De igual maneira, esta Arquidiocese Primaz do México espera que para a discussão sobre a permissão da Corte para as adoções de menores por parte de casais do mesmo sexo se tome em conta e privilegie o bem superior das crianças e proteja seus direitos humanos fundamentais a ter uma família, a um pai e uma mãe.

A posição oficial do Arcebispado do México será dada a conhecer na próximo domingo 8 de agosto pelo Sr. Cardeal Norberto Rivera Carrera durante a celebração da Missa na Catedral Metropolitana".