A doutora María Alonso, médica de Família e perita em educação sexual, fez um chamado aos pais de família espanhóis para que se envolvam na educação sexual de seus filhos ante os anunciados excessos do capítulo educativo da Lei do Aborto.

Em declarações difundidas pela plataforma Profissionais pela Ética, a Dra. Alonso explica que "a imposição dos conteúdos vêm definidos como obrigatórios na Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e de Interrupção voluntária da gravidez (Lei do aborto), expostos sem exceções para todos os colégios e institutos".

"Este tema aparece apresentado de uma estratégia de saúde preventiva. Parte-se da falsa idéia de que o único modo de acautelar as enfermidades de transmissão sexual, as gravidezes imprevistos e os abortos é introduzindo a idéia de um ensino coletivo que não teria por que respeitar as diferentes convicções individuais dos pais", sustenta.

Alonso recorda que na Espanha "comprovamos já a clara ineficácia das campanhas de saúde sexual, apoiadas na promoção do preservativo, que foram realizadas repetitivamente sem obter seus objetivos".

Para a perita, "os folhetos com imagens de sexo explícito editados para adolescentes, o material ‘Sexpresan’ da página Web do Ministério de Educação, ou o portal na internet sobre sexo para jovens da administração da região da Catalunha, com a promoção da masturbação e do sexo oral, excedem por completo os limites estabelecidos, sendo uma das causas do conflito atual dos pais em relação à educação nos últimos dois anos".

"Eu recomendaria aos pais que exigissem com antecipação, de modo coordenado, os conteúdos teóricos e os materiais das classes e oficinas de educação sexual, para que cada família adote as atuações oportunas, como medida acorde ao princípio de neutralidade ideológica do Estado e seu direito, reconhecido pela Constituição, a educar os seus filhos. Esta é uma recomendação fundamental para proteger este direito básico", indica.

Do mesmo modo, considera que "nenhum centro deveria ver-se obrigado a dar uma informação ou educação que possa ser contrária aos valores próprios de cada família. Isto vale para os colégios com ideário, de iniciativa social, e para os de caráter público. Em uma mesma classe, de fato, convivem rapazes e moças procedentes de famílias com situações muito diferentes".

"Devem respeitar as diferenças já que não estamos falando só da transmissão de conhecimentos e habilidades mas de algo que afeta a própria conduta moral sobre como viver a sexualidade. Nenhum centro deve ver-se obrigado a dar informação contrária aos valores de cada família. E nenhuma família deve aceitar uma educação sexual imposta pelo Governo ou pela Comunidade Autônoma que atente contra suas convicções e valores", conclui.