Ao presidir este meio-dia (hora local) a oração do Ângelus dominical no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o Papa Bento XVI explicou ao comentar o Evangelho de hoje que depender das realidades passageiras como o poder, o prazer e os bens materiais é uma tolice, e que necessitamos da aquisição de um "coração sábio" que olhe as realidades eternas a exemplo dos santos.

Depois de recordar alguns dos santos que a Igreja recorda nestes dias como São Ignácio de Loyola, São Alfonso Maria de Ligório, São João Maria Vianney e São Eusébio, o Papa explicou que estes santos tiveram em comum que sempre se esforçaram "por salvar as almas e servir à Igreja com os respectivos carismas, contribuindo a renová-la e enriquecê-la".

"Esses homens adquiriram um coração sábio, acumulando o que não se corrompe e descartando o que muda ao longo do tempo: o poder, a riqueza e os prazeres efêmeros. Escolhendo Deus possuíram tudo o que foi necessário, saboreando desde a vida terrena a eternidade", assinalou o Papa.

Referindo-se ao Evangelho de hoje o Santo Padre explicou que o rico que acumula bens e a quem Deus adverte que "esta noite lhe pedirá a vida", é aquele homem que "não quer perceber, a partir da experiência das coisas visíveis, que nada dura para sempre, mas que tudo passa: a juventude e a força física, a comodidade assim como as posições de poder".

"Fazer com que a própria vida dependa das realidades passageiras é tolice. O homem que confia no Senhor, não teme as adversidades da vida e nem a realidade inevitável da morte: é o homem que adquiriu um coração sábio, como os santos", enfatizou o Pontífice.

A seguir, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa com as seguintes palavras: "Queridos peregrinos de língua portuguesa: saúdo cordialmente a todos vós, de modo especial aos brasileiros de Piraquara. Que Deus manifeste sobre todos vós a Sua inesgotável bondade para que sejais renovados nos vossos bons propósitos de vida cristã. Que Deus vos abençoe!