KONIGSTEIN, 30 de jul de 2010 às 12:58
O Bispo de Faisalabad, Dom Joseph Coutts, pediu justiça para os dois cristãos assassinados na saída de uma corte, onde foram absolvidos de ter ofendido Maomé, e advogou por justiça para as vítimas.
Rashid Emmanuel, de 32 anos, e seu irmão Sajid, de 30 anos de idade, foram assassinados a tiros no dia 19 de julho passado enquanto eram custodiados pela polícia local depois de ter sido declarados inocentes em uma corte de Punjabi. Sua morte desatou uma onda de violência e tensão em toda a cidade.
Em uma entrevista concedida à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Dom Coutts assinalou que "estamos exigindo justiça e a detenção do assassino. Os homens foram assassinados em público com uma grande quantidade de testemunhas, incluindo três agentes de polícia".
"Não deveria ser difícil apreender a pessoa que os matou. Temos que manter a pressão na busca da justiça. As autoridades ficariam contentes de fechar todo o assunto e deixar passar o caso", lamentou.
Dom Coutts denunciou que o suposto delito dos irmãos Emmanuel foi armado por extremistas que os acusaram de ter escrito um panfleto denegrindo o profeta Maomé e elogiar o cristianismo. O documento incluía dados de contato dos irmãos.
"Teria sido um suicídio escrever um documento deste tipo. O documento foi elaborado para colocá-los em problemas", denunciou.
Para o Bispo "existem fanáticos que querem criar o caos. Eles poderiam estar atrás do que vimos nos últimos dias".
"Vimos uma fratura das relações entre muçulmanos e cristãos. As pessoas estão muito nervosas", acrescentou e considerou que "este fanatismo que estamos vendo representa as opiniões e ações de uma minoria e silencia a voz da maioria" na região.