Um mês depois da tragédia provocada pela cheia do Rio Mundaú nos estados de Alagoas e Pernambuco, milhares de desabrigados ainda estão vivendo em abrigos improvisados em escolas e ginásios de esportes nas pequenas cidades dos dois estados. De acordo com a Defesa Civil de Alagoas, as chuvas deixaram 26.618 desabrigados no estado. Em Pernambuco, são 26.966 pessoas sem casa. Em Alagoas, 18 715 residências foram destruídas pelas águas e em Pernambuco, 14.136.

Segundo informa Canção Nova Notícias embora não haja nos abrigos reclamações quanto à falta de alimentos, água, produtos de limpeza e de higiene pessoal, a falta de uma casa para morar é um drama para as famílias que tentam, aos poucos, retomar as ações cotidianas.

O município de União dos Palmares na Zona da Mata alagoana, por exemplo, viu ruas inteiras desaparecerem pela força das águas, que destruíram 2.830 casas da cidade.  Parte das famílias, segundo uma voluntária da Defesa Civil de Alagoas, serão transferidas nesta semana para barracas que estão sendo montadas no bairro Roberto Corrêa de Araújo, conhecido como Bairro dos Terrenos, uma área mais afastada do centro da cidade.

Segundo o portal de notícias da Canção Nova, ainda há em União dos Palmares os que tentam voltar para a margem do rio, onde as construções foram completamente varridas pelas águas.  O abrigo em União dos Palmares, que funciona em uma escola e atende a 116 famílias, precisaria ser desativado para dar lugar às aulas até a próxima semana. Sem ter para onde levar tanta gente, os governos de Alagoas e de Pernambuco já anunciaram que vão adiar a volta às aulas dos 90 mil alunos dos dois estados. Além de haver várias escolas ocupadas pelos desabrigados, muitas foram destruídas pelas águas. Só em Alagoas, 122 escolas foram atingidas pela cheia.