A colunista do Jornal Hoy, Julia Regina de Cardenal, denunciou que a Unicef patrocina no país o programa televisivo "Sexto Sentido", emitido no canal 33 em horário acessível às crianças e que promove anti-valores que pervertem os menores.

"Qual é a obsessão de organismos internacionais em investir tais quantidades de dinheiro em perverter a nossa infância?", perguntou a colunista ao referir-se aos gastos de publicidade de um programa que "promove a promiscuidade, a prostituição como uma forma de ganhar a vida de jovenzinhas, a homossexualidade e todo tipo de desordens sexuais".

"A nefasta mensagem aos adolescentes é que o sexo é um jogo divertido, o qual deve ser experimentado procurando o prazer, sem importar as conseqüências para a sua saúde física, psíquica, mental, espiritual, familiar, social, cultural, etc.", advertiu.

Em seu artigo, recordou que El Salvador atravessa por "uma crise espantosa e insuportável de violência, terrorismo e brutalidade nunca vista", que começou com a perda de valores morais, a desintegração familiar e o permissivismo na juventude. "Por isso é desatinado e inadmissível que a Unicef –supostamente protetores da infância– esteja patrocinando uma emissão deste tipo tão daninho para a sociedade, a família e a dignidade de cada pessoa", assinalou.

A repórter criticou que a Unicef "não veja as verdadeiras necessidades das crianças salvadorenhas", em saúde, alimentação, segurança e educação. A "Fundação Sim à Vida propôs um projeto para promover valores morais em nível nacional, mas nunca tivemos resposta. Só têm dinheiro para promover anti-valores? Isso é o mais destrutivo que podem fazer", expressou.

Também criticou as autoridades por permitirem "este tipo de perversão de crianças na televisão", e alentou os pais a escreverem ou chamar aos responsáveis para manifestar sua inconformidade com este programa.

"É responsabilidade de todos os pais de família pôr um fim a este bombardeio contra nossos direitos como primeiros, principais e insubstituíveis educadores de nossos filhos; contra o direito de proteger sua inocência; contra nossa fé e identidade cultural", recordou.