O chefe do Registro Civil de Concordia, na Argentina, Alberto Árias, afirmou que não casará casais homossexuais e exercerá a objeção de consciência, que embora não esteja contemplada na nova lei, trata-se de um direito existente na ordem jurídica.

"Assim como a Lei de Saúde Reprodutiva autoriza os médicos a não praticarem o aborto por objeção de consciência, eu imagino que ninguém vai se sentir ofendido se algum chefe de Registro Civil, como no meu caso, disser que não o fará", expressou o jurista a uma rádio local.

Árias é o advogado autorizado pela Igreja para ver os casos de nulidade matrimonial e tem vinte anos no Registro Civil local.

Indicou que se casais homossexuais o buscarem para casar-se, a cerimônia será feita por outro funcionário e ele será relevado como quando se encontra de licença ou doente.

Entretanto, esta manifestação já ocasionou a reação da administração local, cuja subsecretária de Justiça, Lucila Haidar disse que "os chefes do Registro Civil são funcionários públicos e não podem objetar a lei. Veremos qual é o argumento que cada um apresenta, teremos que analisá-lo e atuar em conseqüência".