Um mexicano se atribuiu a manipulação informática que fez que o motor de busca Google.com dirija a busca da palavra "vaticano" em diversos idiomas à página web Pedofilo.com.

No que para alguns pode ser uma manobra publicitária, Efraín Ibarra Ibarra, da empresa Guionbajo de Monterrey, apresentou-se como autor do "Google bombing" na internet.

Em um página web que debate o tema, Ibarra admitiu ser o autor e indicou que sua "intenção é denunciar a igreja, e essa foi uma maneira das muitas webs que tenho. Saudações desde Monterrey, Nuevo León, México".

O diretor de informática da ACI Prensa, José Zapata, explicou que "o sistema de manipulação informática utilizado contra a Santa Sé não é propriamente um 'hacking' mas uma técnica conhecida como 'Google bombing', que consiste em elevar artificialmente o resultado de um termo".

"A técnica foi utilizada no passado para fazer brincadeiras informáticas ou 'pranks', como aquela que há alguns anos dava como primeiro resultado a página web do Presidente George Bush quando se realizava a busca ‘complete failure' (fracasso total). Que Google tenha sido manipulado desta forma primitiva é desconcertante", acrescenta Zapata.

O domínio Pedofilo.com redireciona os usuários a uma falsa página web adjudicada à Arquidiocese do México que também é de propriedade do Sr. Ibarra, que possui dezenas de domínios incluindo mundoporno.com.mx.

Ibarra promove neste site o livro "Manto Púrpura" de Sanjuana Martínez, uma ativista anti-católica que repetidamente acusou o Cardeal Norberto Rivera de encobrir casos de pedofilia, apesar de que as cortes exoneraram o Cardeal destes cargos.

Martínez está vinculada a organizações feministas e abortistas como as autodenominadas "Católicas pelo Direito a Decidir", assim como ao ramo mexicano da Rede de Sobreviventes de Abusos de Sacerdotes (SNAP, por suas siglas em inglês).

O que Ibarra parece não ter considerado é que seu proceder poderia gerar ações legais por parte da Google e também por parte da Igreja.

Sobre este tema, fontes do Arcebispado do México assinalaram que no momento não oferecerão comentários; mas informaram que recorrerão a especialistas em informática para estudar as opções das quais dispõem segundo a atual legislação mexicana na matéria.